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Linnaeus


installation with 2000 handwrited paper tags, aluminium, iron shelves, fluorescent lamps, electrical wires, poliestirene boxes, and stamp on paper
300 x 300 x 270 cm
2011


In the beginning was the garden, then man – we can think of Adam, of Carolus Linnaeus, of every scientist in our history – began the task of giving names to things, to make the otherness his intellectual offspring.

By authorizing the use of the scientist's name to incorporate the name of a species, modern taxonomy organized by Linnaeus enshrines the "paternity" of knowledge about what someone virtually "discovers" (or even "systematize").

In Moscheta’s installation, made in collaboration with his father, this whole story is placed in suspension, with empty and organized shelves and identical folders - waiting for hundreds of disconnected labels of their species –, as a joking god had shuffled around the work done until today and give us a chance to look again at the garden outside as pure otherness.



[text Paulo Miyada . photos Rafael Dabul]



Linnaeus


instalação com 2000 tags de papel escritas à mão, alumínio, estantes de ferro, lâmpadas fluorescentes, fios elétricos, caixas poliondas e carimbos sobre papel
300 x 300 x 270 cm
2011




No princípio, era o jardim, então o homem – podemos pensar em Adão, em Carolus Linnaeus, em cada cientista de nossa história – principiou a tarefa de dar nomes às coisas, fazer da alteridade sua prole intelectual.

Ao autorizar o uso do nome do cientista para integrar o nome de uma espécie, a taxonomia moderna organizada por Linnaeus consagra a “paternidade” do saber sobre aquilo que virtualmente “descobre” (melhor seria dizer “sistematiza”).

Na instalação de Moscheta, feita com a colaboração de seu pai, toda essa história é colocada em suspensão, com as estantes e pastas idênticas ordenadas e vazias – à espera de centenas de etiquetas desconectadas de suas espécies – como se um deus brincalhão tivesse embaralhado todo o trabalho feito até hoje e nos desse a chance de olhar novamente o jardim lá fora como pura alteridade.