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Displacing territories: Project for the border Brazil/Uruguay


55 graphite drawings on PVC board, iron, and stain wire, magnetic sheet and plexiglass
300 x 600 x 300 cm
2011




* comissioned work for the 8 Bienal do Mercosul



The act of collecting rocks from given places e take them to other places maybe one of the first civilization traces, at which time the man knows himself as converter of his own space and therefore, has the power to interfere in the Creation.

As an unimportant object collector, I’ll develop an action of traveler who cross the Border Rio Grande do Sul/Uruguay in almost all its length and search for elements present in the local landscape to serve as representation of that territory.

When I choose a rock, I mark its exact pick up localization and go through the border bringing it back to Brazil, its displacement accentuates de the idea of belonging – the where they were / the where are – and of a memory intrinsically deposited inside of such stones, their constituent mineral, their mass, their physical characteristics, their age on the millenniums that they’ve crossed.

The work of the artist in this case, resembles the archeologist who collects, sorts and organizes the natural landscape. So, seeking to understand the Place: mine and the rock themselves, for I, when in Uruguayan side feel myself more Brazilian also. And thus, I bring Uruguay into Brazil, pieces that go through the border and reorganize themselves following parameters other than geology, geography, politic or economy. A country/place contained inside another represented in the future drawings that resemble photographs as if they were a memory catalog of the place, a memorabilia, a reclassification of the landscape in which the objects carry itself all information as possible of the place where they came from.

I see the landscape as a counterpoint to measure yourself, an extern referential that can give the exact measure of myself. Romantic idea that pays reference to the last great explorations of the XIX century, where the poles of the planet and the summits of higher mountains were for sure, a discovery of the place and at the same a discovery of the limits of the men himself.

My relation with the landscape rests in a first attempt to build an ideal place, an imitation of the nature as a faithful portrait of the relations of perfection and balance. By doing this, I want to cover all the ways of understanding a place, not only by sensitive medias as drawings or photographs, but through rational ways of understanding places: latitude, longitude, altitude, mathematical calculations and technical/scientific references. The mysteries of the force acting in secret in the nature are rebuilt, sometimes in a brutal manner, other, in a delicate and almost imperceptible way, in an act to fully understand the matter of what we are formed.

Displacing territories: Project for the border Brazil/Uruguay is a path as lonely traveler I accomplished at the end of April by the frontier zone of the pampas, specifically from Barra do Quaraí to Pelotas.

My experience translates the rescue of the landscape memory, through the collection of stones classified and organized then. Its exhibition was held in the city of Pelotas, more specifically at the Art Museum Leopoldo Gotuzo, during the month of July and after at 8 Bienal do Mercosul, at Porto Alegre from september to december 2011.








Deslocando territórios: Projeto para a fronteira Brasil/Uruguay



55 desenhos à grafite sobre PVC expandido, ferro, cabos de aço, manta magnética e acrílico
300 x 600 x 300 cm
2011

* trabalho comissionado para a 8 Bienal do Mercosul




O ato de coletar pedras de determinado local e transportá-las a outro é talvez um dos primeiros traços de civilização, momento na qual o homem entende-se transformador de seu espaço e por conseguinte, possui o poder de interferir na Criação.

Como um colecionador de objetos sem importância alguma, vou desenvolver uma ação de viajante que atravessa a Fronteira do Rio Grande do Sul/Uruguay em quase toda sua extensão e busca elementos presentes na paisagem local para servirem como própria representação daquele território.

Quando escolho uma pedra, marco sua localização exata de coleta e atravesso a fronteira trazendo-a de volta ao Brasil, seu deslocamento acentua a idéia de pertencimento - o lugar onde estavam / o lugar onde estão - e de uma memória intrinsecamente depositada no interior de tais pedras, seu mineral constituinte, sua massa, suas características físicas, sua idade nos milênios que atravessou.

O trabalho do artista nesse caso, assemelha-se ao do arqueólogo que recolhe, classifica e organiza a paisagem natural. Assim, procuro entender o Lugar: o meu e o das próprias rochas, pois eu, quando estou em lado uruguaio me sinto mais brasileiro também. E dessa forma, trago o Uruguay para dentro do Brasil, pedaços que atravessam as fronteiras e se reorganizam segundo parâmetros outros que não a geologia, a geografia, a polítca ou a economia. Um país/lugar contido dentro de outro, representado nos futuros desenhos que se assemelham a fotografias como se fossem um catálogo da memória do lugar, uma memorabilia, uma reclassificação da paisagem onde os objetos carregam em si toda a informação possível do lugar de onde vieram.
Vejo a paisagem como um contraponto para medir a si mesmo, um referencial externo que possa dar a exata medida do tamanho do eu. Idéia romântica que presta reverência às últimas grandes explorações do século XIX, onde os pólos do planeta e os cumes dos montes mais altos eram por certo, uma descoberta do lugar ao mesmo tempo que uma descoberta do limite próprio do homem.

Minha relação com a paisagem repousa numa tentativa primeira de construir um lugar ideal, uma imitação da natureza como retrato fiel das relações de perfeição e equilíbrio. Quero assim, abarcar todas as possibilidades de entender um local, não somente por meios sensíveis como o desenho ou a fotografia, mas através de formas racionais de se entender Lugar: latitude, longitude, altitude, cálculos matemáticos e referências técnico/científicas. Os mistérios da força que age em segredo na natureza são recriados, por vezes de maneira brutal, outras, de forma delicada e quase imperceptível, num ato de compreender de maneira integral a matéria da qual somos formados.

Deslocando territórios: Projeto para a fronteira Brasil/Uruguay é um trajeto como viajante solitário que realizei ao final do mês de abril pela zona fronteiriça dos pampas, especificamente desde a Barra do Quaraí até Pelotas.

Minha experiência reflete o resgate da memória da paisagem, por meio do recolhimento de pedras classificadas e organizadas em seguida. Sua exposição foi realizada na cidade de Pelotas, mais especificamente no Museu de Arte Leopoldo Gotuzo, durante o mês de julho e depois como parte da 8 Bienal do Mercosul, realizada em Porto Alegre entre setembro e dezembro de 2011