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76 Degrees North/Column


pigmented print on archival paper, push pins and cellular concrete
230 x 220 x 40 cm
2015


Images from a mountain completely covered with loose rocks and snow show a hidden violence that reveals the action of time and freezing winds of the Svalbard Archipelago in the North Pole.

Almost like a landslip, minutes after an earthquake, the scene resembles the ruins of what is left when our planet is strongly shared. Geology in its rawest form, as if the bowels of the island were overturned inside out and what you see is only desolation and an immense desert of rock and snow - nothing more.

Between these two images, a cellular cement blocks is aligned as if a column is born from those ruins, a cry of order, saving the madness the world has become. The contrast between the column and the images creates the chaos and order dialog, the horizon is that landscape and vertical line - human action on the world, as of things and their proportion. Like a monolith created by Ancient civilizations, it rises and imposes as a proto-architecture, which could one day prove to be a worthy pillar of a temple, a pantheon or a village but remains raw and fragile in its weakness and insignificance against the power of the landscape resting silently behind itself.








76 Graus Norte/Coluna


impressão pigmentada sobre papel de algodão, alfinetes e cimento celular
230 x 220 x 40 cm
2015






As imagens de uma montanha completamente coberta com pedras soltas e neve mostram uma violência velada que revela a ação do tempo e dos ventos congelantes do Arquipélago de Svalbard, no Pólo Norte.

Quase como um desabamento, minutos após um terremoto, o cenário lembra as ruínas daquilo que sobra quando nosso planeta é fortemente balançado. Geologia em sua forma mais crua, assim como se as entranhas daquela ilha fossem reviradas de dentro pra fora e o que se vê é somente desolação e um imenso deserto de pedra e neve - nada mais.

Entre essas duas imagens, há um alinhamento de blocos de cimento celular como se uma coluna nascesce daquelas ruínas, um grito de ordem, de salvação entre a loucura em que o mundo se tornou.

O contraste entre a coluna e as imagens cria o diálogo do caos e da ordem, da linha do horizonte que é paisagem e da linha vertical - ação humana sobre o mundo, medida das coisas e sua proporção. Como um monolito criado por antigas civilzações, ela se ergue e se impõe como uma proto-arquitetura, que poderia um dia vir a ser uma coluna digna de um templo, um panteão ou uma vila mas permanece crua e frágil em sua debilidade e insignificância frente à potência da paisagem que descansa silenciosa atrás de si.