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1.000 km, 10.000 years



solo show at Galeria Leme

São Paulo
2013



curated by
Alexia Tala


Marcelo Moscheta is a travelling artist that perceives his trips as a way to raise elements to rebuild cartographies through places that are not his own. By collecting small elements present in the Nature he creates his works as installations, photographs and drawings. In his creative process he has always had this great desire to portray his geographic displacement by observing and collecting. Resembling an archeological work that allows him, as an artist, to capture and rethink the places where he has been.

The exhibition title, 1.000 km, 10.000 years, alludes to both the present and the past. One thousand kilometers is the distance traveled by the artist from his arrival at the Atacama desert to his last displacement in that territory. And ten thousand years ago is when the first Licantanai civilizations started living in that same desert. Thus establishing a space-time relation in his way to look at the landscape. The earth presents itself to Moscheta as the representation of the past, the passing of ancestors, and the narration of a natural history that shelters men. It was from his residence at the Plataforma Atacama, idealized by the curator Alexia Tala, that the works in the exhibition were born.




As the main work of the exhibition, Linha : Tempo : Espaço, formally born from his in situ experience in the desert of aligning stones on the Tropic of Capricorn, Moscheta presents a 15-meter line of the same stone - a Paleolithic tool - replicated 3.000 times in ceramic. Each of them was catalogued with a copper plate, the most extracted mineral in Chile, which registers the artist’s coordinates of displacement in the ten-day period that he was based in São Pedro de Atacama. Also at the exhibition there is the drawing Atacama: 28.04-06.05/2012 and Timelapse, an object composed by the desert soil that relates past and future through the accomplishment of astronauts and astronomers.

As mentioned by Patricio Guzmán – Chilean/Spanish documentarian – in his movie Nostalgia for the Light, the Atacama desert is a connection between past and future: ancestral past in one of the most dry deserts in the world, of which the characteristic allows the conservation of the history of man. In the same way, the study of the sky in a place with no humidity, allows it to be the most important site in the world for the observation of stars and galaxies. Marcelo Moscheta puts both worlds in relation by establishing a visual dialogue between them, trying to analyze the experience of the way the place was once inhabited and how it is inhabited nowadays.







1.000 km, 10.000 anos


exposição individual na Galeria Leme

São Paulo
2013


curadoria Alexia Tala



Marcelo Moscheta é um artista viajante que percebe suas viagens como uma maneira de levantar elementos para reconstruir cartografias através de lugares que não são dele próprios, através da coleta de pequenos elementos presentes na natureza para criar suas obras por meio de instalações, fotografias e desenhos. Em seu processo criativo existe um grande desejo de retratar seus deslocamentos por espaços geográficos distintos por meio da observação e coleta, se assemelhando a um trabalho arqueológico que lhe permite, como artista, capturar e repensar o próprio lugar onde esteve.

O titulo da exposição, 1.000 km, 10.000 anos, alude ao presente e ao passado. Mil quilômetros é a distância percorrida pelo artista desde sua chegada ao deserto de Atacama até seu último deslocamento naquele território, ao que dez mil anos é o tempo no qual as primeiras civilizações Lincantanai começaram a habitar o mesmo deserto, estabelecendo assim uma relação espaço-temporal na sua maneira de ver a paisagem. A terra se apresenta para Moscheta como a representação do passado, da passagem dos ancestrais, da narração de uma história natural que acolhe o homem. Foi a partir de sua residência na Plataforma Atacama, idealizada pela curadora Alexia Tala, que nasceram os trabalhos que compõem a exposição.
Como obra principal da mostra, Linha : Tempo : Espaço, que nasce formalmente da sua experiência in situ de alinhar pedras sobre o Trópico de Capricórnio, Moscheta apresenta uma linha de 15 metros de uma mesma rocha - uma ferramenta paleolítica - replicada 3.000 vezes em cerâmica. Cada uma delas foi catalogada com uma chapa de cobre, mineral de maior extração no Chile, que registra as coordenadas dos deslocamentos do artista durante o período de dez dias em que residiu com base em São Pedro de Atacama. Compõem ainda a exposição o desenho Atacama: 28.04-06.05/2012 e Timelapse, um objeto composto pelo próprio solo do deserto e que relaciona passado e futuro através das conquistas de astronautas e astrônomos.

Tal como relatado por Patricio Guzmán – documentarista chileno/espanhol – em seu filme Nostalgia da Luz, o deserto de Atacama é uma conexão entre passado e futuro: passado ancestral em um dos desertos mais secos do mundo, cuja característica permite a conservação da história do homem. Da mesma forma, o estudo do céu, em um lugar sem umidade, também se ergue como o mais importante lugar do mundo para a observação de estrelas e galáxias. Moscheta relaciona ambos os mundos e os enfrenta ao colocá-los visualmente em diálogo, tentando analisar a experiência dos modos com os quais se habitou e ainda se habita o deserto.